Segura essa: imagine um robô que carrega um bebê no abdômen e o traz ao mundo. Parece ficção científica, né? Pois é real — a empresa chinesa Kaiwa Technology revelou um protótipo de robô humanóide com útero artificial integrado, capaz de simular uma gravidez completa. A ideia é oferecer uma alternativa para quem enfrenta infertilidade ou deseja evitar uma gestação tradicional… mas também traz uma avalanche de dilemas éticos. Vamos nessa viagem?
O que está acontecendo?
Até 2026, a Kaiwa pretende lançar o primeiro robô de gestação do mundo. Ele funciona com um útero artificial em seu abdômen, contendo líquido amniótico sintético e nutriente via mangueira — um ciclo de dez meses do início ao fim, com direito a “dar à luz”. E o preço estimado? Abaixo de 100.000 yuan, equivalente a US$ 13.900 .
Por que agora — e quem ganha com isso?
O CEO Zhang Qifeng afirma que a tecnologia já está madura em laboratório. A proposta é atender jovens que querem filhos, mas não querem (ou não podem) passar pelos desgastes da gravidez. Além disso, com a infertilidade na China chegando a 18% em 2020, isso pode ser uma alternativa revolucionária frente à proibição da gestação por substituição (surrogacy) .
O pulo pro futuro — e os fantasmas junto
Ética em erupção: críticos consideram a tecnologia “anti-humana” e tiram a criança da conexão com a mãe. Já outros apoiadores argumentam que livra a mulher dos rigores físicos da gravidez . A Kaiwa já está debatendo legalidade e regulamentação com autoridades da província de Guangdong .
Agricultura também entra no jogo
No mesmo evento, foi apresentado o GEAIR, um robô reprodutor para plantas que, com IA e biotecnologia, edita genes para criar sementes híbridas mais eficientes. A China, claramente, está mirando longe: unir biotecnologia, inteligência artificial e robótica para acelerar inovação no campo e na biologia humana .
Você decide o próximo passo
Esse “robô grávido” não é só sci-fi: é um disparo direto ao futuro da reprodução humana. É ideia ousada ou perigosa? Revolucionária ou antiética? Aqui cabe a reflexão sobre até que ponto a tecnologia deve substituir biologia — e quais são os limites aceitáveis.
E você, o que opina? Esse robô seria liberado no Brasil? Deixe aí sua visão — científico, humano, crítico, criativo. Vamos debater, porque essa conversa está só começando.